Testemunhos
“Quem se humilha será exaltado.” Pobre e desconhecida em vida, rica e gloriosa foi a sua sepultura. No dia 14 de Junho, na parte da tarde, formou-se o cortejo fúnebre para o cemitério de Sacavém, que parecia uma saída triunfal. Além dos familiares e amigos, juntou-se imensa gente em volta do caixão. Parece que o próprio Céu se encarregou de chamar uma multidão para a acompanhar. Todos sentiam que esta morta não era vulgar, que iam acompanhar os restos mortais duma santa.
Vieram três padres ao funeral: Padre Gregório, Padre Armindo1, pároco de Moscavide, e Padre Oliveiros, pároco na igreja dos Mártires. O caminho para o cemitério em Sacavém mais directo era pela rotunda da Encarnação e a seguir pela estrada que vai ter ao cemitério. Mas, por disposição da Providência Divina, tiveram que dar a grande volta por Moscavide, pois o acesso da rotunda estava interrompido. O cortejo crescia na medida que iam avançando. Todos rezavam o terço em voz alta. Havia homens que vinham do lado oposto, pararam e <incorporaram-se> no funeral. Com as orações litúrgicas foi o seu corpo confiado à terra sagrada do sepulcro, onde espera o dia da sua gloriosa ressurreição. (in VERDONK: 1949-1958; p. 164).
Padre Gregório Verdonk
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1O Padre Armindo dos Santos Duarte, mais tarde, Cónego, foi ordenado presbítero em 1951 e faleceu a 15 de Janeiro de 2007. Exerceu funções paroquiais como coadjutor dos Olivais, vigário paroquial do Bairro da Encarnação e Moscavide, e Pároco sucessivamente de Moscavide, S.Eugénio, Santa Isabel e Campo Grande. Desempenhou simultaneamente outros cargos de responsabilidade a nível da pastoral diocesana.